Mais uma vez, o governo de Fábio Mitidieri (PSD) apelou para uma arquitetura publicitária com o objetivo de construir uma imagem positiva de sua gestão no que tange a geração de empregos no estado, após Sergipe ter registrado o pior índice de criação de postos de trabalho no Nordeste, em fevereiro, conforme levantamento do Novo Caged.
Com apenas 11.285 postos de trabalho com carteira assinada criados durante o período analisado, o estado tem o pior índice da região, enquanto a Bahia aparece na outra ponta, como líder neste quesito.
Após a divulgação dos números negativos para Sergipe, o Executivo prontamente buscou desacreditar os veículos de imprensa que reportaram os resultados do levantamento, rotulando-os como propagadores de fake news, mesmo esses números sendo do próprio Ministério do Trabalho. Em outras palavras, o governo estadual optou por confrontar a realidade.
A comunicação oficial do governo, através de Milton Andrade e do próprio governador, se apressou em disseminar a afirmação de que “Sergipe foi proporcionalmente o estado que mais gerou empregos formais no Nordeste”, em uma estratégia para contestar os números reais apresentados, usando dados proporcionais para mascarar a situação negativa.
No entanto, contradizendo essas alegações, as estatísticas revelam que os sergipanos enfrentam dificuldades para encontrar empregos com carteira assinada. Isso significa que, mesmo com o governo de Sergipe se gabando de promover empregos temporários durante eventos como festividades, o impacto dessas iniciativas foi passageiro, com muitos desses postos de trabalho sendo encerrados logo após o término das celebrações. Como resultado, os trabalhadores informais voltaram a ficar à mercê da instabilidade econômica.