Conforme já abordado pela Realce, os projetos políticos para 2026 de Fábio Mitidieri (PSD) e André Moura (UB), que buscam, respectivamente, a reeleição no Governo do Estado e uma vaga no Senado, em uma relação de medo do chefe do executivo, que passa longe da confiança, tem passado por cima dos prefeitos que foram fundamentais para a vitória do governador em 2022, quando saiu de uma situação de exclusão do segundo turno para vencedor do pleito.
Aqueles que apoiaram Mitidieri nas eleições passadas, contribuindo com recursos de suas respectivas máquinas municipais, estão na bronca com as movimentações de AM, que vem articulando com seus adversários políticos.
São ao menos 25 municípios em que essa situação acontece de forma explícita, destacando-se algumas cidades extremamente estratégicas. Na Barra dos Coqueiros, o prefeito Airton Martins (PSD), que apoiou Mitidieri, vê com descontentamento o apoio de André ao prefeito Alberto Macedo, que se filiou recentemente ao UB. Em Nossa Senhora do Socorro, o prefeito Padre Inaldo (PP), que tem Carminha Paiva (Republicanos) como pré-candidata, observa as alianças de Moura com Fábio Henrique (UB). Em São Cristóvão, Diego Prado, apoiador de FM, se frusta com o suporte de AM a Marcos Santana. Em Lagarto, os Reis e Ribeiro apoiaram o pessedista, mas o ex-deputado articula com Valmir Monteiro, apesar do atual governador ter escanteado Gustinho Ribeiro (Republicanos) ao declarar apoio, desde já, a o pesedista Sérgio Reis.
Em Poço Verde, o prefeito Iggor Oliveira (PSD), que se dedicou de corpo e alma à campanha de Mitidieri, testemunha agora André Moura unindo dois opositores para enfrentá-lo: Roberto Barracão (UB) e Edna de Toinho de Dorinha (Solidariedade). Em Canindé, o governador seguirá com Kaká Andrade, enquanto AM apoia Machadinho. Além de Tobias Barreto, em uma estratégia que não deverá avançar na Capital dos Bordados.
Esses são apenas alguns exemplos que evidenciam a crescente insatisfação dos prefeitos aliados de Mitidieri, abrindo espaço para uma fissura na base política do governador, que tem sua suposta liderança ameaçada por André.
Atrás das cortinas do poder, onde conversas devem ficar somente nos bastidores, a crença coletiva é que FM teme romper com André, pois possue o mesmo modos operandi e uma divisão deverá firmar antecipadamente sua derrota em 2026.