A janela partidária se encerrou na última semana e os mais diversos grupos políticos em Sergipe ganharam forma para as eleições 2024. Em Nossa Senhora do Socorro, um balanço feito após esse período, que permite que as lideranças mudem de partido sem correr o risco de ficarem inelegíveis por infidelidade, mostrou uma diferença gritante das forças de Padre Inaldo (PP) e Samuel Carvalho (Cidadania).
Neste caso, o que chamou a atenção é que Samuel fez barulho com as adesões ao seu grupo, tentando criar a narrativa de que possuía a maior força política em Socorro. No entanto, a realidade mostra um cenário diferente: o agrupamento de Inaldo continua sendo um dos maiores blocos políticos, não apenas no município, mas em todo o estado. Porém, curiosamente, ele não utilizou a situação para se autopromover tanto quanto seu oponente.
Conforme o balanço, o grupo do atual prefeito, que apresenta Carminha Paiva (Republicanos) como pré-candidata à sua sucessão, tem o apoio de nove partidos: Republicanos, Progressistas, AGIR, Solidariedade, MOBILIZA, PRTB, PDT, PMB e Avante. Eles dispõem de mais de 200 pré-candidatos a vereador, com potencial para aumentar esse número. A expectativa é que consigam eleger entre 14 e 16 vereadores, ocupando mais de dois terços das cadeiras da Câmara Municipal.
Por outro lado, o grupo de Samuel é apoiado por quatro partidos: Cidadania, União Brasil, MDB, PSD e PSB, este último tendo sido esvaziado por ordem de André Moura, segundo informações. Dentro deste bloco, existem menos de 80 pré-candidatos a vereador, resultando em uma incapacidade de preencher todas as 22 vagas de pré-candidatura por partido. Consequentemente, o grupo de Carvalho enfrenta dificuldades para consolidar sua presença na Câmara Municipal, com projeções indicando que poderiam eleger entre 5 e 7 vereadores, não alcançando sequer um terço das cadeiras disponíveis.
O balanço também destaca a situação de outros grupos. O bloco de Clécia Carvalho, por exemplo, terá o suporte do PL que, com o apoio de Bolsonaro,
pode chegar a eleger, mesmo com chances remotas, um vereador. Similarmente, o grupo de Coronel Pontual, que conta apenas com o apoio do Democracia Cristã, encontra-se em uma situação parecida, também com menos de 15 pré-candidatos.