A tragédia ambiental que assola o Rio Grande do Sul acendeu o alerta para todo o país sobre a necessidade urgente de adotar medidas preventivas para mitigar desastres naturais. Nos últimos dias, 345 municípios gaúchos foram duramente atingidos por temporais, resultando em mais de 850 mil pessoas afetadas, 21.957 desalojados, 19.368 abrigadas, 276 feridos e 83 óbitos, até esta segunda-feira, 6.
Em Sergipe, de acordo com informações da Plataforma AdaptaBrasil, 54 municípios estão expostos a riscos ambientais. Dessas localidades, 37 apresentam níveis de risco médio, 13 têm risco alto e outras 4 variam para muito alto para ocorrências como inundações, enxurradas e alagamentos.
Ao avaliar o risco de deslizamento de terra, a plataforma desenvolvida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) revela que 40 municípios sergipanos estão suscetíveis a esse tipo de ocorrência. Dentre essas localidades, 26 apresentam índices de risco considerados médios, enquanto 10 têm risco alto e 4 têm risco muito alto.
Já quando trata-se especificamente da capital, Aracaju possui um risco médio para ambos os eventos, porém, apresenta índices muito altos de exposição da população e ameaça de ocorrências.
Na média dos índices, que varia de 0 a 1, a capital registra números muito altos de Ameaça (0,82) e Exposição (0,94) a inundações, enxurradas e alagamentos, de acordo com a plataforma.
Os dados foram divulgados hoje pelo site Sergipense, que destacou que, enquanto isso, a cidade vive uma expansão desordenada, priorizando os interesses do mercado imobiliário em detrimento do necessário respeito ao meio ambiente. “Aracaju ainda aterra seus mangues, cobre seus cursos d’água e destrói áreas de mata fundamentais para a prevenção de alagamentos”, pontuou o veículo.