O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe (Sintese) negou que a paralisação dos professores da Rede Estadual de Ensino, marcada para hoje, 22, quinta, 23, e sexta-feira, 24, tenha sido cancelada, mesmo após o Tribunal de Justiça do Estado (TJ-SE) ter acatado o pedido liminar do Governo Mitidieri para suspendê-la.
Na decisão, o TJ-SE destacou a importância da continuidade das negociações entre o Governo do Estado e os professores. “Assim, observo que a conduta perpetrada pelo Sindicato se revela neste primeiro momento desproporcional, uma vez que não resta demonstrado que houve negociações para continuidade do serviço público, além do que tratativas da natureza requerida pelo sindicato demandam tempo para progredirem e não está evidenciado, de plano o fim das negociações ou a recusa do Ente Público em dialogar com a categoria em prol da resolução do impasse”, afirmou o desembargador Roberto Eugenio da Fonseca.
Porém, segundo o presidente do sindicato, Roberto Silva, o Sintese não foi notificado: “Não há qualquer notificação sobre a legalidade da nossa paralisação. Precisamos amanhã paralisar as aulas, estarmos em frente ao Palácio dos Despachos para fazer um grande ato”.
A declaração também foi feita após provocações do governador Fábio Mitidieri (PSD), que afirmou hoje que não receberá mais o sindicato e que as agendas serão agora tratadas com o secretário Zezinho Sobral (PSB) e demais órgãos.
Segundo o Sintese, a paralisação é necessária para garantir o descongelamento das gratificações dos professores, a realização de um concurso público para o magistério, além do pagamento imediato de horas extras.