Neste último final de semana, uma entrevista do prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), gerou grande repercussão nos bastidores da política, intensificando o famoso “fogo amigo” entre os governistas, especialmente com André Moura (UB), que deverá ser um dos seus adversários diretos em 2026, na disputa ao Senado.
Ao JL Politica, ele afirmou: “Quando ninguém queria André por perto, e ele era uma pessoa malvista pelo meio político, até pelo nosso agrupamento e pela sociedade sergipana, eu tive a coragem de trazê-lo para perto. André foi para o meu palanque, fiz questão de levá-lo para todas as inaugurações das obras que, como deputado federal, ele tinha ajudado a viabilizar em Brasília. É uma questão de lealdade e de republicanismo. Fiz isso inclusive enfrentando críticas do agrupamento, que naquele momento via em André um estorvo, e fugia dele como o diabo foge da cruz. Não foi pouca gente que me aconselhou a ignorar André. Setores da esquerda, inclusive, usaram essa aproximação para me taxar de direitista”.
“Tive um gesto público de reconhecimento porque era a coisa decente a fazer. Também nunca deixei dúvidas, desde o início, quanto às minhas posições políticas em relação ao futuro. Sempre deixei muito claro que não votaria nele para o Senado, que meu compromisso era com o grupo de que faço parte. Minha conduta em relação a André Moura sempre foi cristalina e franca. Ele, inclusive, até hoje compõe o meu governo com indicados dele na administração. Agora, eu não posso responder pelo comportamento de André, nem por suas motivações. Ele nunca compartilhou isso comigo”, acrescentou.
A fala de Edvaldo logo ganhou grande repercussão, expondo sua artilharia contra André Moura, que lançou a pré-candidatura de sua filha, Yandra (UB), com Belivaldo Chagas (Podemos) como vice, numa movimentação que atrapalha os planos dos governistas com Luiz Roberto (PDT) para o pleito deste ano.
O grupo tem pulverizado pré-candidaturas, com Fabiano Oliveira (PP), Danielle Garcia (MDB) e Katarina Feitoza (PSD), para captarem diferentes perfis de eleitores, com objetivo de posteriormente uni-los em apoio a Luiz, que já conta com o respaldo de Edvaldo e Mitidieri.
Por essa razão, André voltou a ser um alvo central do famoso “fogo amigo” dos governistas, pois suas articulações e manobras políticas continuam ameaçando não apenas o projeto de reeleição de Fábio Mitidieri (PSD), como também os demais planejamentos do grupo, comprometendo sua ida ao segundo turno, já que também não abre mão de ter sua filha na disputa.