Em meio a tantas especulações sobre as movimentações dos governistas para as eleições de 2024, uma coisa é fato e inegável, como já abordado pela Realce: os duelos internos por mais poder estão começando a sangrar a base do grupo, deixando claro que todos querem ser protagonistas. Um exemplo claro é o caso de Danielle Garcia (MDB), que descartou qualquer possibilidade de ser vice de Luiz Roberto (PDT)— considerando que seria suicídio eleitoral aceitar fazer parte da composição do indicado por Edvaldo Nogueira (PDT), para o qual direcionou ataques e fez um combate à gestão como oposição—, apesar de haver um acordo no bloco para que isso acontecesse.
A estratégia envolvia lançar e promover sua pré-candidatura inicialmente, para, posteriormente, consolidar seu apoio ao pré-candidato de Edvaldo Nogueira (PDT), deixando-a como vice. Dessa forma, ela se transformaria em um cabo eleitoral aprimorado, semelhante ao que foi feito com Katarina Feitoza (PSD) e como estão fazendo com Fabiano Oliveira (PP).
No entanto, os governistas conseguiram impulsionar ainda mais a pré-candidatura da delegada, levando-a a considerar seriamente a descumprir acordo inicial, como tem demonstrado em suas recentes entrevistas. Por outro lado, há informações de que ela pode desistir da disputa e apoiar os pedetistas.
Vale destacar que Danielle é um dos nomes governistas que tem se destacado nas sondagens para a disputa, devido à sua expressiva força eleitoral. Ela foi a candidata mais votada em Aracaju nas eleições de 2022 para o Senado, com 72.031 votos, e quase venceu Edvaldo em 2020, ao receber o apoio de 109.864 aracajuanos no segundo turno.