Enfraquecer seus adversários tem sido uma das estratégias centrais dos governistas para as eleições de 2024, especialmente para Edvaldo Nogueira (PDT), que busca assegurar a eleição de Luiz Roberto (PDT) como seu sucessor e superar o cenário desfavorável que enfrenta. Para isso, aliados do prefeito estão defendendo que Danielle Garcia (MDB) se mantenha como pré-candidata, apesar de, caso homologue a candidatura, sai sem apoios de mais partidos. O objetivo, conforme apurado pela Realce, é enfraquecer as pré-candidaturas de Emília Corrêa (PL) e Yandra Moura (UB), uma vez que a delegada, com seu perfil conservador e posicionamentos semelhantes principalmente aos da vereadora, poderia atrair uma parte de seus simpatizantes.
A intenção é semelhante à estratégia de 2020, quando o grupo lançou Katarina Feitoza (PSD) como vice de Edvaldo, confrontando Danielle que, na época, concorreu à prefeitura como oposição e foi derrotada no segundo turno, numa eleição que aparentava ser fácil.
Inicialmente, o plano era lançar Garcia como vice de Luiz Roberto, replicando a estratégia. No entanto, com a insistência dela em manter sua pré-candidatura, os governistas estão tentando usar a situação a seu favor, aproveitando a presença da delegada para enfraquecer suas adversárias com perfil eleitoral semelhante.
Vale lembrar que também existe a possibilidade de Danielle desistir da disputa e apoiar Luiz Roberto. No entanto, se persistir em sua pré-candidatura, além de enfraquecer as adversárias do grupo, ela poderá intensificar as divisões internas, comprometendo ainda mais as já remotas chances dos governistas alcançarem o segundo turno, já que além da liderança de Emília, existe o fator surpresa do PT, Candisse Carvalho, que cresce avassaladoramente, apesar das estratégias do sistema em passar uma mensagem contrária, utilizando, principalmente, pesquisas duvidosas.