Com o fim das convenções partidárias e a aproximação das eleições de 2024, as movimentações têm sido intensas para o pleito na capital sergipana, que caminha a passos largos para uma polarização e nacionalização, tendo as figuras de Lula (PT) e Bolsonaro (PL) como os maiores cabos eleitorais, em mais um duelo para medir forças entre esquerda e direita.
Nesta terça-feira, 6, Bolsonaro voltou a dar indícios desse cenário, ao novamente se posicionar sobre a corrida eleitoral pelo comando da capital sergipana, reforçando seu apoio à candidatura de Emília Corrêa (PL), que se posiciona como o grande nome da direita na cidade. “Ela já é agora a nossa candidata à prefeitura dessa capital, eu desejo a ela boa sorte e felicidades”, disse.
Lula e o PT, por outro lado, vêm desde o início das movimentações mostrando que Candisse Carvalho (PT) é uma das prioridades da nacional da legenda, diante das altas chances de chegar ao segundo turno. No lançamento de sua pré-candidatura, por exemplo, importantes lideranças da sigla foram enviadas para o evento, para reforçar esse respaldo. A petista também já fez gravação de conteúdos de campanha com ministros do alto escalão, impulsionando ainda mais seu nome para a disputa.
Com esse cenário de nacionalização e polarização, onde Lula e Bolsonaro surgem como fortes cabos eleitorais, a disputa em Aracaju se desenha com alta probabilidade de um embate no segundo turno entre Candisse e Emília, o que pode deixar os governistas novamente de fora da disputa, como iria acontecer em 2022, se não fossem os abusos de poder político e econômico, que resultaram na vitória do terceiro colocado.
Vale ressaltar que nas eleições de 2022 na capital sergipana, Lula demonstrou vantagem em ambas as etapas do pleito. No primeiro turno, o petista obteve 176.981 votos, enquanto Bolsonaro alcançou 124.846 votos. No segundo turno, o atual presidente angariou o apoio de 190.875 eleitores aracajuanos, em contrapartida aos 142.489 votos conquistados pelo ex-presidente. Além disso, ambos foram importantes cabos eleitorais para Rogério Carvalho (PT), que, na época, era a maior força de esquerda na disputa ao governo do Estado; e Valmir de Francisquinho (PL), candidato que obteve maior apoio dos bolsonaristas.