A Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) está prestes a lançar um Programa de Demissão Voluntária (PDV), em um processo de reestruturação após o governador Fábio Mitidieri (PSD) ter consolidado sua privatização, com uma concessão disfarçada dos serviços para a empresa Iguá. O objetivo da medida é reduzir o quadro de funcionários, que atualmente conta com 1.301 colaboradores.
O presidente da Deso, Luciano Goes, já havia sinalizado em entrevistas à imprensa que, caso o PDV não obtenha a adesão esperada, a alternativa seria implementar demissões obrigatórias, o que acabou gerando grande preocupação entre os trabalhadores.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Saneamento de Sergipe (Sindisan), foi pré-agendado um encontro entre os representantes sindicais e o governo para discutir a situação e chegar a um acordo que beneficie ambas as partes. No entanto, até o momento, ele afirma que não houve resposta oficial por parte da gestão estadual.
Em comunicado, o Sindisan reforçou sua luta pela preservação dos empregos e pelos direitos dos trabalhadores, destacando que há ações judiciais em andamento, questionando o processo de privatização da Deso. “Há várias irregularidades em torno da privatização do saneamento no estado, com ações no Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ-SE), no Supremo Tribunal Federal (STF) e um procedimento em análise no Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE-SE)”, afirmou o sindicato.
O PDV será oficialmente lançado na próxima semana, de acordo com Luciano Goes.