As eleições de 2024 em Sergipe têm sido marcadas por diversas denúncias de abuso de poder político e econômico. No entanto, apesar da gravidade das acusações, essas irregularidades não têm recebido a mesma atenção das autoridades como em outros estados. Um exemplo claro disso é a Paraíba, onde operações da Polícia Federal, como a que prendeu a primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, têm exposto e combatido crimes eleitorais de forma mais contundente.
A prisão de Lauremília, esposa do prefeito Cícero Lucena, que busca a reeleição, faz parte da terceira fase da Operação Território Livre, desencadeada em apoio ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO). Ela é investigada por envolvimento em aliciamento de eleitores e organização criminosa nas eleições municipais.
A PF aponta que Lauremília teria trocado cargos na prefeitura por acesso facilitado a comunidades controladas por grupos criminosos. O objetivo, segundo a investigação, seria o aliciamento de eleitores nessas regiões, influenciando diretamente o resultado das eleições municipais.
A prática de aliciamento de eleitores, além de ilegal, é uma violação grave do processo democrático, uma vez que manipula a vontade popular por meio de ameaças e vantagens indevidas.
Mas, afinal, qual a diferença entre a Paraíba e Sergipe? Casos como o de Lauremília Lucena são frequentes no estado sergipano, com denúncias de aliciamento de eleitores, troca de favores, envolvimento com o crime organizado, que acabam não recebendo a devida atenção.
Em Aracaju, por exemplo, já houve denúncias de compra de votos nas campanhas de Yandra Moura (UB) e Luiz Roberto (PDT), de envolvimento com organizações criminosas, de coação de servidores para participarem de eventos de campanha, entre tantas outras.