Sem uma liderança forte para uni-los, os governistas não apenas cravaram um grande racha nas eleições de 2024, mas também se digladiaram intensamente por poder, num conflito de interesses que, sem sombra de dúvidas, irá respingar em 2026, podendo levá-los à ruína. Para evitar esse desfecho, será necessário que reúnam os “cacos” e tentem garantir a reeleição de Fábio Mitidieri (PSD), cenário que começa se dificultar desde agora.
Assim que se iniciaram as movimentações para o pleito deste ano, os governistas deram claros sinais de que estariam desunidos, especialmente quando todas as “estrelas” do grupo queriam ser protagonistas, deixando a base sangrar e em extrema fragilidade.
A principal divisão se deu entre as candidaturas de Luiz Roberto (PDT) e Yandra (UB), o que aprofundou o racha entre Fábio Mitidieri (PSD) e André Moura (UB), o qual o governador já temia se tornar ainda mais refém, devido à sua força no interior do estado.
De um lado, Mitidieri e seus aliados— como Alessandro Vieira (MDB) e Danielle Garcia (MDB)— intensificaram o “fogo amigo” contra André, Yandra e Belivaldo Chagas (Podemos). Do outro, a artilharia foi voltada contra Luiz Roberto e Edvaldo Nogueira (PDT)— que, assim como AM, deverá buscar uma vaga no Senado em 2026.
No fim das contas, Luiz levou a melhor, avançando para o segundo turno, no entanto, com um grande risco de derrota para Emília Corrêa (PL), que conta com a força do povo e o desejo por mudança ao seu favor.