Numa eleição marcada pela forte divisão interna do grupo governista, pulverizado para o primeiro turno em uma de suas estratégias perigosas junto ao prefeito Edvaldo Nogueira (PDT), o governador Fábio Mitidieri (PSD) não abriu mão de ter Luiz Roberto (PDT) como seu candidato em Aracaju, e agora essa decisão, que deixou grandes fissuras em sua base e resultou numa amarga derrota, tem lhe custado caro, especialmente, para 2026, quando buscará sua reeleição.
Com a derrota do pedetista para Emília Corrêa (PL) no maior colégio eleitoral do estado neste domingo, 27, Mitidieri vê seu projeto de ser reeleito ficar ainda mais distante e necessitará mais do que nunca de André Moura (UB) para tentar vencer a disputa, assim como ocorreu em 2022— quando foi o terceiro colocado no primeiro turno e venceu o pleito após a entrada do ex-deputado em sua campanha.
Com esse cenário iminente, apesar de seus esforços, especialmente, para não ser mais refém das articulações de André, Fábio permanece dependente de seu grande capital político no interior.
Nas eleições de 2024, que foi um ensaio para 2026, o União Brasil, partido presidido por AM no estado, conseguiu eleger 23 prefeitos (um sub judice), representando 33% do total de eleitos nos 75 municípios sergipanos. Essa quantidade quase iguala o desempenho do PSD, sigla de Mitidieri, que elegeu 26 prefeitos (um sub judice).