Supostas irregularidades na gestão de Edvaldo Nogueira (PDT) podem representar grandes obstáculos para o início do mandato de Emília Corrêa (PL) em Aracaju. A prefeita eleita já tem chamado a atenção para essa situação, denunciando que verbas que poderiam ser direcionadas a áreas essenciais na capital foram desperdiçadas pelo pedetista.
Segundo Emília, sua equipe de transição tem identificado irregularidades e desperdícios de recursos, especialmente na área da saúde, que, assim como o transporte público, é uma das principais preocupações da gestora para 2025.
“Estamos descobrindo coisas terríveis, que já suspeitávamos, mas agora confirmamos. Recursos que poderiam ter sido aplicados em ações importantes foram desperdiçados, com prazos expirando por falta de interesse e dinheiro não utilizado para o bem da população”, disse a parlamentar durante o pequeno expediente na Câmara nesta quarta-feira, 6.
Na oportunidade, Corrêa também externou sua preocupação em relação à suspensão da licitação do transporte público da cidade. “Estou preocupadíssima com a situação do transporte público. Com a suspensão da licitação, temos um problema que poderá recair sobre a nova gestão, prejudicando a população que depende desse serviço essencial. Esse processo licitatório, se mantido, deveria ser ajustado para beneficiar de fato os usuários, mas sabemos que a realização de uma nova licitação demanda tempo”, destacou.
“Com essa suspensão, o que será do transporte coletivo em 2025? Estamos falando de um sistema sucateado, com passagem cara, e a esperança de uma renovação imediata cada vez mais distante. A população de Aracaju precisa estar ciente da complexidade desse processo, pois faremos todos os esforços, mas sabemos que há limites temporais e jurídicos para resolver tudo isso”, acrescentou.
O certame foi suspenso pela Justiça na última semana, acatando uma Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público do Estado contra o Consórcio de Transporte Público Coletivo Intermunicipal da Região Metropolitana, que aponta superfaturamento, falhas no orçamento dos subsídios tarifários e possíveis direcionamentos que beneficiariam determinadas empresas.