Uma série de fatores contribuiu para a dura derrota do grupo de Hilda Ribeiro (Republicanos) nas eleições municipais de 2024. Entre eles, destaca-se sua alta e crescente rejeição no município, agravada pelas frequentes polêmicas que marcaram sua gestão, gerando uma revolta popular irreversível.
A situação se deteriorou ainda mais após a confirmação do resultado das urnas, que decretou o fim do domínio do grupo dos Ribeiros na cidade. Desde então, denúncias de descaso e negligência na administração municipal se intensificaram, gerando um verdadeiro caos em Lagarto.
Na área da saúde, por exemplo, há relatos de atrasos nos pagamentos aos funcionários. “Trabalho na área e o mês de outubro ainda não foi pago. Infelizmente, não recebemos respostas. A empresa IDH afirma que aguarda o repasse da prefeitura para pagar o nosso piso, que é um direito da enfermagem. Onde está o dinheiro dos médicos, enfermeiros e técnicos? Isso é uma total falta de respeito com o trabalhador. Estamos sem saber o que fazer”, desabafou um profissional.
Além dos atrasos salariais, outros problemas marcaram a gestão de Hilda: salários defasados e abaixo dos pisos, caos na saúde pública, descaso com a educação, permutas de patrimônio histórico e uma série de escândalos administrativos. Esses episódios consolidaram a rejeição à prefeita, que deverá encerrar seu mandato com o maior índice de desaprovação da história de Lagarto.
O próprio aliado do deputado Gustinho Ribeiro (Republicanos) e da prefeita, Luiz Carlos, reconheceu em um grupo de WhatsApp que o prefeito eleito, Sérgio Reis (PSD), enfrentará “um abacaxi para descascar” ao assumir a gestão municipal, devido aos problemas generalizados, como a paralisação de serviços essenciais e os atrasos salariais, que têm sido promovidos supostamente de forma proposital pela atual gestão.