Tem gerado um grande debate nas redes sociais a possibilidade de o Confiança se transformar em uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF) já em 2025. E a discussão ganhou ainda mais força, dividindo opiniões, após o governador Fábio Mitidieri (PSD) anunciar, em vídeo, ao lado do ex-presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, que o clube sergipano pode adotar esse modelo de gestão, abrindo as portas para novos investimentos.
A SAF, modalidade de organização empresarial criada no Brasil pela Lei nº 14.193, de 6 de agosto de 2021, permite que clubes de futebol se estruturarem como empresas para facilitar a captação de recursos, melhorar a gestão e proporcionar maior transparência nas operações financeiras.
No caso do Confiança, as informações são de que o empresário sergipano da Construção Civil, e presidente da Asseop, Luciano Barreto, teria interesse de investir no projeto. E, segundo Landim, houve uma primeira reunião.
A mesma situação já aconteceu com o Botafogo, um dos pioneiros na constituição de um Clube-Empresa no Brasil, e a ter sucesso com a abertura ao capital estrangeiro. O Glorioso, campeão da Taça Conmebol Libertadores 2024, reestruturou sua gestão financeira, atraindo investidores, reduzindo dívidas e aumentando receitas. Em apenas três anos, o clube recebeu mais de R$ 250 milhões em premiações e modernizou sua infraestrutura.
No entanto, obviamente também há desvantagens. A adoção da SAF pode levar à perda de controle do clube, ao risco de má gestão empresarial e à dependência da continuidade de aportes por parte dos investidores, entre outros pontos. “O pior é ver a própria torcida comemorando e outros torcedores de clubes sergipanos querendo SAF. Mal sabem eles o pesadelo que isso pode se tornar”, disse um internauta. “SAF é, sem dúvidas, o novo câncer do futebol. Investidores vêm atrás é de lucro, sabendo da instabilidade do futebol. Nunca será um mercado lucrativo. No primeiro prejuízo, eles largam a mão do clube e viram um vascão da 777”, alertou outro.