O presidente da Associação dos Dirigentes das Empresas da Indústria Imobiliária de Sergipe (ADEMI-SE), Evislan Souza, voltou a enfatizar nesta semana a importância da colaboração entre os governos federal, estadual e municipal para reduzir o déficit habitacional e oferecer moradia digna à população, especialmente aos mais vulneráveis.
Atualmente, o país enfrenta um déficit habitacional de aproximadamente 7 milhões de famílias. Em Sergipe, esse número atinge cerca de 100 mil, sendo 36 mil famílias apenas na capital, Aracaju.
“Anualmente, surge uma demanda de 1,5 milhão de novas famílias no mercado necessitando de moradia, e o Governo Federal consegue atender cerca de 500 mil. O Governo Lula trouxe o programa Minha Casa Minha Vida Cidades, permitindo que estados e municípios complementem com subsídios, pois as famílias só conseguem financiar 80% do valor do imóvel. Se um imóvel custa R$ 200 mil, elas só conseguem financiar R$ 160 mil, mas quem ganha um salário mínimo não tem R$ 40 mil guardados”, explicou Evislan.
Segundo Evislan, em Sergipe já houve avanços significativos. Ele cita como exemplo o envio de dois projetos de lei à Assembleia Legislativa pelo Governo do Estado, visando a criação de programas habitacionais específicos. Um deles é direcionado aos servidores públicos estaduais que ainda residem de aluguel ou não possuem casa própria. Por meio do Banco do Estado de Sergipe (Banese) e da Secretaria de Planejamento, o governo estabelecerá diretrizes para subsidiar até 20% do valor do imóvel, oferecendo assistência aos servidores inscritos no programa.