O clima dentro do Partido Progressistas em Sergipe, que já não era dos melhores, se deteriorou ainda mais nos últimos dias, especialmente após lideranças da sigla voltarem a entrar em conflito com o presidente estadual da legenda, Laércio Oliveira, expondo seu esfacelamento.
O ex-deputado Capitão Samuel, que já mantém um longo desafeto com o senador, afirmou em recente entrevista que Laércio “só faz política para ele, para a família dele e para os amigos dele, e esquece de quem corre atrás de voto para ele”.
Por essa razão, ele deve deixar a sigla e descartou qualquer possibilidade de estar novamente ao lado de Laércio, mesmo que o PP forme uma federação com outra legenda. “Quem quiser, fique com ele, mas de Laércio, eu quero distância”, disparou.
Na entrevista a Marcos Aurélio, Samuel também abordou o recente episódio entre Thiago de Joaldo (PP) e Jorginho Araújo, criticando Laércio por não ter apoiado seu correligionário no embate: “Como é que você entra numa briga contra os seus, a favor dos outros, que são de outro partido?”.
Thiago havia afirmado que as articulações de Jorginho na Casa Civil atrapalham o governo de Fábio Mitidieri (PSD) e que geram insatisfação entre outras lideranças. Poucos dias depois, Laércio repudiou as declarações do deputado, ressaltando que elas não representam a opinião da sigla.
Em resposta, numa entrevista ao radialista Antero Alves, Thiago também não hesitou em criticar o senador, chamando-o de “puxa-saco” e “aproveitador”. As informações são de que ele, após diversos desentendimentos com Oliveira, já se prepara para deixar o PP.
Com esses constantes conflitos, especialmente em relação a Laércio, o PP em Sergipe enfrenta um de seus piores momentos, longe de ter unidade até mesmo entre seus próprios integrantes.