Na política, há muitas variáveis que influenciam uma eleição, mas quando um governador busca a reeleição, uma regra se destaca: a gestão é seu maior cabo eleitoral. Em Sergipe, o cenário não é diferente. Para Fábio Mitidieri (PSD), a chave para 2026 está diretamente ligada à percepção do eleitor sobre seu governo. Se a população reconhece avanços e melhorias concretas, a continuidade se torna um caminho natural.
A experiência política brasileira comprova essa lógica. Segundo estudos do cientista político Alberto Carlos Almeida, autor de A Cabeça do Eleitor, candidatos à reeleição que possuem uma gestão bem avaliada têm, historicamente, uma vantagem competitiva expressiva. Em âmbito nacional, os últimos três presidentes que disputaram a reeleição – Lula, Dilma e Bolsonaro – tinham avaliações superiores a 40% de aprovação antes do pleito, fator determinante para suas vitórias ou derrotas. Nos estados, a regra também se aplica. Em 2022, dos 20 governadores que tentaram reeleição, 18 conseguiram, e todos eles apresentavam altos índices de aprovação antes do período eleitoral.
Em Sergipe, Mitidieri vem fortalecendo sua gestão e ampliando a percepção positiva sobre seu governo. Os investimentos em infraestrutura, programas sociais e valorização do funcionalismo têm sido cada vez mais visíveis, e a comunicação do governo tem conseguido levar essas ações à população. Se no primeiro ano enfrentou desafios administrativos e resistências naturais de qualquer nova gestão, agora a curva de aceitação aponta para cima.
A equação é simples: se a população sente que sua vida melhorou sob determinada administração, a tendência natural é a continuidade. A oposição pode até tentar encontrar discursos para desgastar o governo, mas se a percepção do eleitor for positiva, os argumentos se tornam frágeis.
Mitidieri já demonstrou entender esse princípio. Seu foco na entrega de obras, na atração de investimentos e no fortalecimento de políticas públicas é o caminho mais seguro para transformar sua gestão no motor de sua pré-campanha. Se continuar nesse ritmo, a reeleição em 2026 será uma consequência natural da aprovação popular. Afinal, na urna, o eleitor não vota apenas em promessas, mas, sobretudo, na realidade que vive.