O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) é um dos nomes mais cotados para assumir a Secretaria-Geral da Presidência, no lugar de Márcio Macedo (PT), que deve ser afetado na dança das cadeiras do governo Lula. No entanto, uma resolução do diretório nacional do PSOL impede filiados do partido de ocupar cargos nos ministérios do presidente.
A regra faz parte das diretrizes da legenda sobre sua relação com o governo. O documento é claro ao proibir que filiados integrem o Palácio do Planalto e a Esplanada dos Ministérios, com exceção da deputada Sônia Guajajara (PSOL-SP), que assumiu o Ministério dos Povos Indígenas.
“O PSOL apoiará o governo Lula em todas as suas ações de recuperação dos direitos sociais e de interesses populares (…), mas não terá cargos na gestão que se inicia”, determina o documento. “Ainda assim, compreendemos que a indicação de Sônia Guajajara, como liderança do movimento indígena, para o Ministério dos Povos Originários é uma conquista de extrema importância.”
Além dessa restrição imposta pela sigla, a possível indicação de Boulos também divide opiniões entre os governistas. Enquanto alguns avaliam que conceder o cargo ao PSOL não fortaleceria a base aliada no Congresso, outros defendem a presença do deputado na “cozinha” do Palácio do Planalto, destacando sua habilidade política e sua boa articulação em Brasília.
As informações são de que Lula já teria mencionado a possibilidade de convidar Boulos, que foi presidente do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), para assumir o cargo. Além dele, outro nome cotado para a função é Marco Aurélio Carvalho, coordenador do grupo de advogados Prerrogativas, alinhado ao governo. Também estão na lista de possíveis indicados os deputados petistas José Guimarães (PT-CE) e Paulo Pimenta (PT-RS).