Uma cena de descontrole e possível quebra de decoro parlamentar marcou a sessão da terça-feira, 3, na Câmara Municipal de Lagarto, quando o vereador Fernando Moura, o “Mourão” (PDT), perdeu a linha ao invadir a mesa da presidência e arrancar o microfone das mãos do colega Genisson de Tonho de Totonho (PSD), que presidia a sessão de forma interina.
A confusão iniciou após um pronunciamento feito por Mourão no grande expediente, onde criticou a atuação da gestão municipal na unidade de saúde do povoado Jenipapo e acusou Genisson de perseguição política. O presidente interino, em seu direito de resposta, começou a se defender, mas foi abruptamente interrompido com a atitude autoritária de Fernando Moura, que tentou impedir a fala do colega à força.
O gesto, que fere frontalmente o Regimento Interno da Câmara e o Código de Ética Parlamentar, foi registrado em vídeo e amplamente compartilhado nas redes sociais. A repercussão negativa foi imediata. Um internauta chegou a comentar que, apesar de Fernando Moura ser uma boa pessoa, suas atitudes “não estão sendo de uma pessoa com escrúpulos” e “não são dignas de um parlamentar”.
Em entrevista ao programa Jornal da 102, com Nando Moreno, Genisson relatou o episódio como uma tentativa de intimidação.
A Câmara Municipal deve avaliar a conduta de Mourão nas próximas sessões, e a possibilidade de cassação do mandato começa a ser ventilada nos bastidores. A justificativa legal pode estar no artigo que trata da quebra de decoro parlamentar por “impedir, com violência ou ameaça, o livre exercício do mandato” ou por “ofensa física ou moral no recinto da Câmara”, como previsto na legislação vigente.
