Até o dia 6 de julho, os bastidores do Partido dos Trabalhadores seguirão aquecidos com as movimentações e articulações das três candidaturas à presidência estadual para o Processo de Eleições Diretas (PED) de 2025.
A disputa, que já vinha intensa, ganhou ainda mais força com a realização de uma série de debates no interior e na capital, marcados por forte participação da militância e embates diretos entre os postulantes. Disputam o comando do partido o senador Rogério Carvalho, Cássio Murilo e Carol Rejane.
O ciclo de debates começou no dia 7 de junho, em Estância, seguiu para Nossa Senhora de Lourdes, no dia 8, depois para a sede estadual do partido, em Aracaju, no dia 14, retornou para Estância no dia 15, passou por Maruim, no dia 21, e mais recentemente, finalizou por Nossa Senhora da Glória, neste domingo, 22.
De forma geral, Rogério tem feito discursos sempre centrados na defesa da militância, do fortalecimento do partido e da necessidade de manter o PT com protagonismo político e autonomia em Sergipe.
Enquanto isso, Cássio Murilo, que representa a ala ligada ao ministro Márcio Macedo e a Eliane Aquino, tem adotado uma linha de discurso mais crítica à atual gestão do partido. Ele defende uma mudança no comando da legenda, afirmando que, sob a condução de Rogério e do atual presidente estadual, deputado federal João Daniel, o PT teria perdido força.
Essa narrativa, no entanto, tem sido rebatida duramente por Rogério durante os debates. O senador argumenta que, na prática, o desempenho atual do PT em Sergipe supera, inclusive, os chamados “tempos áureos” da sigla, quando o partido tinha Marcelo Déda no governo do estado, além de um senador e o presidente da República.
Rogério tem reforçado que, somente em 2024, o PT elegeu 59 vereadores, 6 prefeitos e 5 vice-prefeitos em Sergipe, um desempenho que reflete o fortalecimento do partido. O senador também não tem poupado críticas à postura de Cássio, classificando como perigosa a estratégia de atacar o próprio partido em pleno processo interno, o que, segundo ele, fortalece narrativas de opositores ao PT.
Por outro lado, Carol, que representa uma candidatura mais à esquerda, também tem centrado sua participação na defesa da militância, na construção de um PT mais conectado com os movimentos sociais.
O pleito que definirá a nova direção estadual do PT acontece no dia 6 de julho. Poderão votar os filiados que ingressaram no partido até o dia 28 de fevereiro deste ano. O mandato da nova direção será de quatro anos.