A prefeita de Aracaju, Emília Corrêa (PL), respondeu nesta quarta-feira, 16, às recentes declarações de Valmir de Francisquinho (PL) e Adailton Sousa (PL), que escancararam a falta de unidade no grupo de oposição. E, mesmo com as críticas públicas feitas por ambos a sua decisão unilateral para a disputa ao Senado, ela reforçou o apoio aos nomes de Rodrigo Valadares (UB) e Eduardo Amorim (PL).
Durante entrevista, a gestora deixou claro que sua escolha está feita, ainda que, segundo ela, tudo possa mudar até lá. “Eu torço muito para que Adailton consiga também estar nesse páreo por ser quem ele é, mas os nomes que estão postos no nosso grupo, inicialmente, são o de Eduardo Amorim e o de Rodrigo Valadares”, afirmou.
“A gente nem sabe se está vivo amanhã, então vamos ter muita calma nessa hora e continuar trabalhando (…) não estou pensando em mudar, apenas estou dizendo”, acrescentou.
A fala da prefeita veio após declarações de Valmir que confirmam o clima de tensão interna, já antecipado em análises da Realce, mesmo quando eles tentavam mascarar. O prefeito de Itabaiana afirmou que não foi consultado sobre a escolha dos nomes apoiados por Emília, revelando o distanciamento entre os dois. “Depois da eleição, quando eu fui para Aracaju ajudar ela, eu nunca fui conversar política com Emília. Nem com Emília, nem com ninguém […] eu não fui consultado, não sei de lançamento de candidatura de ninguém”, disparou.
O incômodo com a condução da prefeita também foi externado por Adailton, aliado de Valmir e pré-candidato ao Senado, que chamou a escolha de “decisão monocrática”.
Ou seja, apesar do tom apaziguador adotado por Emília, as declarações de Valmir e Adailton deixam mais do que claro que o projeto de união do grupo oposicionista segue fraturado. E, ao que tudo indica, 2026 está longe de começar com consenso.