A Realce dá continuidade hoje à sua série de análises sobre os pretensos candidatos à Câmara em 2026, destacando agora a primeira deputada federal mulher de Sergipe, Yandra Moura (UB), que deve estar novamente entre os nomes mais votados na corrida pelas oito cadeiras no próximo ano.
Em 2022, em sua primeira disputa como candidata, substituindo o pai, André Moura, que enfrentava insegurança jurídica, Yandra foi eleita com a maior votação do estado: 131.471 votos.
Para 2026, as expectativas seguem altas. Com forte atuação política em Brasília, somada ao seu capital político e demais estruturas eleitorais, o nome da parlamentar desponta como favorito ao lado de figuras como Fábio Reis (PSD) e Cláudio Mitidieri (PSB) para estar entre os mais votados.
Apenas em 2025, ela apresentou 54 proposições, relatou outras duas e participou ativamente de sessões plenárias e reuniões de comissões. Também assumiu postos estratégicos, como a presidência da Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional (CINDRE), sendo a primeira mulher nordestina a ocupar o cargo; e a vice-liderança do União Brasil na Câmara dos Deputados. Coordenou ainda o Observatório da Mulher na Política, reforçando sua atuação em defesa dos direitos das mulheres.
Em 2024, Yandra teve 100% de presença nas sessões de 2024 e apresentou, neste período de mandato, projetos de lei importantes como: o que garante às mulheres o direito de escolher acompanhante em atendimentos médicos (PL 506/2023) e o que estabelece validade indeterminada para laudos de autismo e deficiência permanente (PL 507/2023). Também liderou projetos como o PL 2031/2023, que trata da segurança escolar, e o PL 5869/2023, que propõe incentivo às cidades criativas. Entre as proposições mais recentes de destaque estão o PL 2697/2024, que incentiva a contratação de mães atípicas, e o PL 161/2024, voltado à resiliência urbana.
Além do trabalho legislativo, Yandra teve papel fundamental na articulação de recursos para Sergipe. Em 2025, atuou pela liberação de R$ 51,1 milhões do Fungetur para o turismo sergipano, um recorde histórico para o estado. Também participou de discussões sobre a duplicação da BR-101 e ações de defesa civil. No campo das proposições, apresentou projetos como o que institui o “Outubro Branco”, voltado à valorização dos médicos, e outro que cria um programa nacional de combate às doenças do sono. Relatou ainda matéria aprovada que garante prioridade a órfãos de feminicídio e da covid-19 em programas sociais.
No ano passado, licenciou-se do mandato para disputar a Prefeitura de Aracaju e foi uma das candidaturas mais competitivas. Apesar da força política demonstrada, terminou a corrida em terceiro lugar, sendo derrotada ainda no primeiro turno. Sua campanha foi marcada por ataques duros, especialmente por parte do grupo liderado por Edvaldo Nogueira, que tinha o nome de Luiz Roberto como candidato.
A experiência, mesmo com a derrota, reforçou sua projeção estadual e seu capital eleitoral e a consolidou como liderança com peso para 2026.