Surfando na onda dos desgastes da gestão de Emília Corrêa (PL), que consequentemente tem lhe fortalecido, Edvaldo Nogueira (PDT) intensificou suas movimentações e articulações de olho no Senado em 2026 nas últimas semanas, fazendo uma verdadeira maratona por municípios do interior sergipano.
Nos últimos dias, esteve em Estância, Tobias Barreto, Lagarto e Simão Dias, onde participou do Festival da Gente, além de se reunir com lideranças políticas e intensificar entrevistas à imprensa, onde tem reforçado publicamente que segue como pré-candidato ao Senado, sem intenção de recuar.
Nos bastidores, porém, informações obtidas pela Realce revelam um plano B: caso não consolide o apoio de Mitidieri, Edvaldo pode deixar a disputa majoritária e concorrer a uma das oito vagas na Câmara dos Deputados. O movimento teria o objetivo de evitar novas divisões internas no agrupamento, especialmente com André Moura.
Ainda assim, aliados de Edvaldo ponderam que uma derrota para deputado federal teria um impacto mais negativo sobre sua imagem do que uma eventual derrota na corrida pelo Senado, o que explica sua insistência na candidatura majoritária.
Enquanto avalia os caminhos, Edvaldo tem se beneficiado naturalmente da crise enfrentada pela gestão Emília Corrêa, marcada por erros administrativos e polêmicas que afetam diretamente a percepção da população sobre o bloco adversário. Por outro lado, o ex-prefeito também enfrenta o desafio de neutralizar efeitos negativos das CPIs na Câmara de Aracaju, que investigam contratos da SMTT e o projeto Natal Iluminado, ambos com potencial de respingar na sua imagem política.