Lideranças da capital sergipana intensificam a ofensiva contra Edvaldo Nogueira (PDT) para enfraquecê-lo politicamente em 2026, com o objetivo de fazê-lo recuar da disputa para o Senado. Desta vez, as articulações envolvem até mesmo o possível pedido de inelegibilidade do ex-prefeito.
O líder do governo Emília na Câmara Municipal e aliado de André Moura (UB), Isac Silveira (UB), por exemplo, afirmou que quer Edvaldo inelegível em razão de suas contas referentes ao ano de 2024, que poderão ser reprovadas.
Além disso, na Casa, já existem outros dois movimentos em andamento: a CPI das Multas e a CPI do Natal Iluminado, ambas com instalação prevista para começar a valer a partir desta terça-feira, 12.
A CPI das Multas, proposta por Isac, vai investigar a aplicação dos recursos arrecadados com multas de trânsito pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) entre 2017 e 2024, período em que Edvaldo esteve à frente da prefeitura. O montante chega a R$ 135.216.467,35.
Já a CPI do Natal Iluminado, de autoria coletiva e assinada por 20 vereadores, pretende apurar o uso de aproximadamente R$ 10 milhões da Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (COSIP) para financiar o evento Natal Iluminado 2024, realizado sem licitação e com custo mais que triplo em relação ao ano anterior.
Essas ações têm sido interpretadas nos bastidores como parte de uma estratégia que envolveria figuras como André Moura (UB), seu provável suplente Ricardo Vasconcelos (PSD), e aliados da prefeita Emília Corrêa (PL), para criar desgaste político suficiente para afastar Edvaldo da disputa.
Apesar disso, Edvaldo mantém o plano de concorrer ao Senado, acreditando que essa disputa seria menos danosa politicamente do que tentar vaga na Câmara Federal, onde uma eventual derrota teria peso maior.