O atual vice-prefeito de Aracaju, Ricardo Marques (Cidadania), confirmou nesta quinta-feira, 14, informações que davam conta de um afastamento entre ele e a prefeita Emília Corrêa (PL), usando uma estratégia de ‘jogar para a torcida’ ao expor seu afastamento das decisões políticas da prefeitura.
Apesar de o discurso anteriormente ser de harmonia, Ricardo admitiu publicamente que esperava uma relação administrativa melhor. “Como vice-prefeito eu percebo que não tenho todo o espaço que eu preciso ter para atuar mais. A gestão é da prefeita Emília Corrêa, gostaria de poder ajudar mais ela […] A relação tá muito tranquila, esperava que estivesse muito melhor. A relação como pessoa, como amiga, está muito boa […] A relação como prefeito e vice-prefeito, a gente tá seguindo o nosso caminho, com tranquilidade, com aprendizado”, disse.
Nos bastidores, o estopim para o desgaste foi a aprovação, na Câmara Municipal, de um projeto de lei que reduziu parte das atribuições do vice-prefeito. A situação se agravou com o anúncio de um porta-voz da prefeitura, função que, por perfil e responsabilidade, deveria ser naturalmente exercida por Ricardo, que coordena a Comunicação da gestão.
Assim, a parceria que foi decisiva para a vitória de Emília em 2024 mostra sinais cada vez mais evidentes de desgaste e pode seguir o caminho que alguns municípios tomaram, onde os prefeitos e vices romperam com poucos meses de gestão.
