Tem sido clara a insatisfação de Edvan Amorim com as movimentações de Rodrigo Valadares para tomar o Partido Liberal em Sergipe de suas mãos e, conforme novas informações exclusivas obtidas pela Realce, o empresário e líder político já começou a reagir. Ele estaria contatando aliados de longa data do PL e de outras siglas em Brasília, cobrando apoio e relembrando tudo o que construiu pela legenda no estado, desde antes da chegada de Jair Bolsonaro.
Edvan também já deixou claro que, caso Rodrigo consiga, de fato, assumir a presidência do PL, não hesitará em conduzir seu grupo político para outra sigla, deixando-o completamente esvaziado. Ele defendeu até mesmo que a legenda fique sob o comando de Emília ou Valmir de Francisquinho. Já Rodrigo tem como principais armas contra Edvan, além de sua relação com o Clã Bolsonaro, a mensagem de que o PL em Sergipe serve apenas como plataforma para construção de bons negócios para os Amorim.
Historicamente, ele sempre construiu sua força política elegendo um deputado federal e utilizando figuras de diferentes perfis para atingir seus interesses político e comercial, principalmente nos últimos anos, onde viu a população rejeitar os Amorim. Foi assim com Emília Corrêa (PL), que se tornou prefeita Aracaju, e quase se repetiu com Valmir de Francisquinho, quando esteve prestes a comandar o Estado em 2022.
Agora, a estratégia de Edvan é montar uma verdadeira artilharia política contra Rodrigo, na tentativa de evitar que o deputado assuma o comando estadual do PL. Nos bastidores, a avaliação é de que a disputa pode abrir precedentes em outros estados.
Vale destacar que, do outro lado, tomar o partido de Edvan seria uma estratégia de Rodrigo para virar o jogo diante do apoio desigual de Emília, que estaria concentrando mais esforços na pré-campanha de Eduardo Amorim ao Senado, gerando um claro desconforto em aliados de Valadares, que passaram a enxergar um tratamento diferenciado nos bastidores.