Ao longo dos últimos meses, a Realce tem antecipado que o Partido dos Trabalhadores deve ser uma das siglas mais fortes na disputa pela Câmara Federal em 2026, contando, entre os demais quadros, possivelmente com a secretária nacional do Bolsa Família e ex-vice-governadora Eliane Aquino. Sua possível pré-candidatura pode reconfigurar completamente o cenário e confirma o furo da revista, mesmo após a militância, a mídia e até parte da população em geral terem negado essa hipótese.
A própria petista confirmou na coluna do jornalista Diogenes Brayner a possibilidade de disputar uma cadeira na Casa. “Talvez seja candidata a deputada federal por Sergipe”, disse.
Em 2022, ela foi a segunda mais votada do partido, conquistando 66.072 votos. Naquele pleito, no entanto, enfrentou uma disputa judicial que inicialmente invalidou seus votos, criando um ambiente de insegurança jurídica que afetou diretamente o desempenho da campanha. Analistas políticos e estatísticos apontam que, sem esse episódio, Eliane teria obtido uma votação ainda maior. Na prática, sem os votos dela, o PT sequer teria eleito um deputado federal. Dias depois, com a decisão da Justiça validando os votos, os coeficientes foram refeitos e o partido acabou garantindo uma cadeira, que ficou com João Daniel.
E, para 2026, a eventual entrada de Eliane, aliada à pré-candidatura de Márcio Macedo, cria um cenário difícil para João Daniel. Se ambos, de fato, confirmarem presença na disputa, as chances de o atual deputado federal se reeleger se reduzem drasticamente, já que a força política e eleitoral de ambos tende a dominar a chapa petista.
Isso deixa claro que o PT chega como uma das legendas indiscutivelmente mais fortes do estado. Além do peso histórico e do apoio da militância, a sigla carrega a possibilidade real de eleger até dois nomes para a Câmara Federal.