O deputado sergipano Rodrigo Valadares (UB) sofreu uma amarga derrota na última semana ao ser escanteado da relatoria do PL da anistia, como já havia sido antecipado pela Realce. Desde então, ele tem direcionado suas críticas ao novo relator, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que rebatizou a proposta como “PL da Dosimetria”, alterando o eixo central da discussão que, ao invés do perdão amplo e irrestrito, passou a ser a redução das penas aplicadas aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro.
Em postagens nas redes, o bolsonarista defende que a Câmara trate apenas de anistia, chamando a discussão de “dosimetria” de “baboseira”. Líderes do PL também avisaram que a bancada tentará convencer Paulinho a abandonar a dosimetria e voltar ao perdão amplo, em reunião marcada para esta terça.
O relator já deixou claro que uma anistia “ampla, geral e irrestrita” está fora de cogitação. O caminho é oferecer alguma redução de pena, inclusive para Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão.
Ele também tem dito que manifestações e pressões não mudarão seu relatório e que a ideia de calibrar penas poderia “pacificar” o tema. Mesmo assim, admite que o impasse político pode adiar a votação do texto no plenário.