A partir da próxima semana, faltará apenas dois meses para se encerrar o ano de 2025. Consequentemente, as movimentações para as eleições de 2026 começam a se acelerar. E, enquanto algumas lideranças saem na frente, gozando de favoritismo e bons números em pesquisas, além de um forte apelo popular nas ruas, outras, por outro lado, enfrentam um cenário mais adverso, com disputas internas, rejeição e polêmicas que podem acabar custando caro no próximo ano.
Fábio Mitidieri
O governador Fábio Mitidieri (PSD) é, sem dúvidas, a peça central das eleições de 2026 no estado. No próximo ano, ele buscará a reeleição e tem visto diversas lideranças disputando espaços em sua chapa majoritária. É o caso da corrida para o Senado, em que até aqui definiu apenas apoio a André Moura, e também da vice-governadoria, que nunca foi tão disputada na história recente da política sergipana. O chefe do Executivo lidera em todas as recentes pesquisas de opinião pública, contra todos os possíveis adversários, além de ver sua aprovação crescer gradativamente conforme aumenta as entregas do governo e projeta Sergipe a um novo patamar.
Emília Corrêa
A prefeita de Aracaju, por outro lado, ainda em seu primeiro ano de gestão, enfrenta um cenário completamente diferente. Seu bloco está mais dividido do que nunca e ela vive um dilema sobre permanecer no PL sob o comando de Rodrigo Valadares ou seguir seu líder político, Edivan Amorim, possivelmente para o Republicanos. Para 2026, ela havia declarado apoio apenas para o deputado bolsonarista e Eduardo Amorim para o Senado, mas hoje já não se sabe se manterá a palavra diante das mudanças.
André Moura
Ex-deputado federal, André Moura busca não repetir o fiasco de 2018, quando bateu na trave para o Senado. Tem feito intensas movimentações em todo o estado, com foco especial em Aracaju. E por falar na capital, para fortalecer sua pré-candidatura, ele tem montado uma estrutura robusta com apoio do pré-candidato a suplente e presidente da Câmara Municipal, Ricardo Vasconcelos, que também percorre o interior, porém, de forma discreta. Vale pontuar que ele larga na frente por contar com o apoio oficial do governador.
Rogério Carvalho
Líder do governo Lula e do PT no Senado, Rogério Carvalho (PT) busca fortalecer sua construção de imagem. Para isso, ele amarrou Carlos Cauê, marqueteiro com raras habilidades de posicionar seus clientes no campo desejado e potencializar as fraquezas dos adversários, o que o faz ter grande sucesso nas eleições.
Alessandro Vieira
O senador Alessandro Vieira, como já abordado pela Realce, não pode ser subestimado. Ele tenta reconquistar o eleitorado que o elegeu em 2018, além de ter na manga sua atuação na PEC da Blindagem. Uma eleição que antes parecia impossível, hoje, nos bastidores do poder, é tratada como viável.
Rodrigo Valadares
O deputado federal, que já foi apontado como favorito para o Senado com o apoio de Jair Bolsonaro, enfrenta uma onda de desgaste, o que o fez nitidamente derreter. Após supostamente dar um golpe em Edivan Amorim e assumir o comando do PL, isolou-se em seu grupo. Apesar dos desgastes com essa base política e com eleitores de centro que enxergam seus recentes posicionamentos como radicais, ele caminha para fidelizar a parcela do eleitorado ultraconservador, podendo, diante das alterações de cenários que naturalmente ocorrerão, resgatar o centro.
Jeferson Andrade
O presidente da Assembleia Legislativa surge como favorito para assumir a vice-governadoria na chapa de Mitidieri. Ele conta com o apoio da maioria dos parlamentares da Alese e aparece como nome de consenso no grupo governista. A vice de Fábio, como já antecipado pela Realce, tornou-se o cargo mais disputado na montagem da chapa majoritária de 2026. E diante dessa intensa disputa, não há como cravar que ele realmente será o vice.
Valmir de Francisquinho
O prefeito de Itabaiana segue inelegível, mas mantém a esperança de disputar novamente o governo. Diferente de 2022, no entanto, enfrenta maior rejeição e desgaste, resultado de decisões precipitadas que abalaram seu próprio grupo, inclusive, com ataques diretos a cada um de seus principais aliados, o que gera desconfiança em toda a classe política e na população. Assim como Edivan Amorim, deve migrar para o Republicanos, em busca de abrigo partidário e sobrevida política.
Fábio Reis
Deputado federal experiente, chegou a ser cogitado para disputar o Senado e como possível vice, mas deve mesmo buscar a reeleição para seu quinto mandato consecutivo. Segundo projeções já publicadas pela Realce, deve figurar novamente entre os mais votados de Sergipe, podendo até liderar a lista geral de votos, consolidando-se também como o mais votado em Lagarto.