A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2021, conhecida como PEC da Blindagem, apelidada por muitos de “PEC da Bandidagem”, foi oficialmente enterrada ontem, 24, após decisão unânime da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal. O colegiado rejeitou o texto que buscava restringir a abertura de processos criminais contra parlamentares e restabelecer o voto secreto em casos de prisão ou investigação, atendendo a forte pressão popular e de especialistas que apontaram a medida como um “retrocesso institucional”.
O desfecho no Senado representou uma derrota para os defensores da proposta na Câmara, que agora convivem com o desgaste político-eleitoral provocado por seus votos. Em Sergipe, três deputados federais foram favoráveis à PEC: Thiago de Joaldo (PL), Gustinho Ribeiro (Republicanos) e Rodrigo Valadares (UB).
Após o voto favorável e vendo o grande desgaste que teve por conta disso, que o prejudicou ainda mais para 2026, Thiago se manifestou publicamente, alegando arrependimento. Em suas redes sociais, tentou justificar a mudança de posição diante da pressão da opinião pública. No entanto, não houve nenhuma serventia, já que internautas apontaram que o gesto teria sido motivado mais por conveniência política, considerando que estamos em ano pré-eleitoral, e relembraram o passado de contradições do deputado.
Quanto a Gustinho e Rodrigo, a rejeição aos dois também se intensificou nas redes, com eleitores apontando que o apoio à PEC ficará marcado em suas trajetórias.
O episódio reforça que, mesmo derrotada, a proposta deixou cicatrizes políticas-eleitorais. Os três parlamentares sergipanos que se alinharam à blindagem agora carregam a pecha de terem tentado aprovar um mecanismo de autoproteção, um histórico que certamente será lembrado nas eleições de 2026, quando precisarão enfrentar as urnas sob o peso dessa decisão.