O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou a presença de DNA masculino nos órgãos genitais da médica e advogada Daniele Barreto, encontrada morta no início deste mês no Presídio Feminino de Nossa Senhora do Socorro. A informação foi confirmada pelo advogado da família, que destacou que o material corresponde a dois perfis diferentes de DNA, abrindo novas linhas de investigação.
Segundo o advogado, o exame não identificou espermatozoides vivos, mas apenas resquícios genéticos residuais, o que dificulta determinar o momento exato em que houve relação.
“É fato que foi encontrado DNA masculino no interior do corpo da doutora Daniela. Não temos como descartar nenhuma possibilidade, seria imprudência. Esse DNA pode permanecer no organismo de três a cinco dias, podendo chegar até sete em casos específicos”, explicou, na rádio Capital FM.
Ele acrescentou que, por se tratar de material residual, não é possível afirmar se o contato ocorreu em vida ou após a morte. Por isso, defende que o caso seja investigado pela Delegacia de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), responsável por apurações dessa natureza. “Pode ser um fato ocorrido dias antes, ou até mesmo após a morte. A investigação é quem vai esclarecer. Para o conforto emocional da família, eu espero que esse ato tenha sido praticado com ela em vida, e não depois do falecimento”, ressaltou.