Ganhou grande repercussão em todo o estado neste final de semana o caso envolvendo dois guardas municipais de Lagarto, afastados após uma ocorrência terminar em morte durante uma abordagem no município. Segundo a prefeitura, o afastamento não tem caráter de punição, mas se trata de medida padrão até a conclusão da sindicância que irá apurar os detalhes do episódio.
De acordo com informações oficiais, a ação começou depois da denúncia de um casal que teria sido agredido por um homem de forma violenta, após se recusar a dar ajuda financeira. Na tentativa de conduzi-lo à delegacia, os agentes foram atacados com socos e chutes. Eles utilizaram primeiro armamento não letal, mas, diante da continuidade das agressões e da tentativa de tomar a arma da guarnição, acabaram efetuando disparos de arma de fogo. O homem foi socorrido pelos próprios guardas e encaminhado ao Hospital Universitário de Lagarto, mas não resistiu.
Nas redes sociais, a atuação da Guarda dividiu opiniões. Muitos populares se manifestaram em apoio, destacando que os guardas agiram em legítima defesa e dentro dos protocolos de segurança. “Os guardas agiram corretamente”, escreveu um internauta. Outro destacou: “Claramente legítima defesa”. “Os guardas tenteram de todas as formas não atirar mas infelizmente não tiveram opção,na filmagem da para vê que o guarda tenta acertar a perna do homem para tentar pará-lo mas ele ainda continuava indo para cima”, salientou mais um
Policiais e delegados também se manifestaram em defesa dos agentes. O delegado André David (Republicanos) comentou: “Minha total solidariedade e apoio aos guardas que agiram conforme manda o manual, seguindo todos os protocolos e garantindo que a lei prevalecesse diante do risco”. Já o policial e ex-vereador, Matheus Correa, também saiu em defesa da guarnição. Segundo ele, “é muito arriscado fazer abordagem com apenas dois homens, mas eles foram defender a população porque verdadeiramente lutam pela segurança da cidade e devem ter respaldo da sociedade e, sobretudo, do poder público”.
Por outro lado, houve quem questionasse o desfecho, defendendo que a Polícia Militar deveria ter sido acionada para reforçar a abordagem. Alguns ainda criticaram a decisão pelo uso da arma letal, alegando que a reação poderia ter sido diferente.