Já não há mais como negar que há um claro distanciamento e rompimento na relação entre Emília Corrêa (PL) e Ricardo Marques (Cidadania). A prefeita de Aracaju engrossou o tom contra o vice e, em recentes declarações, tentou atribuir a ele a culpa pelo afastamento. Já o jornalista, quando questionado, disse que “dará resposta no tempo certo”, mas não esconde sua insatisfação. E, nos bastidores, a informação é de que a principal motivação do atrito não seria apenas pessoal com a gestora, e sim com os irmãos Amorim, que, segundo opositores, dominam as decisões estratégicas dentro da gestão.
Isso tem virado consenso até mesmo entre aliados de que Emília não passaria de uma peça figurativa, um “fantoche” político de Edivan e Eduardo, que estariam controlando entre 70% e 80% das pastas especialmente aquelas com maior volume orçamentário.
E essa influência deles sobre o núcleo político da prefeitura é apontada como o verdadeiro pivô do mal-estar da prefeita com o vice. Fontes afirmam que Ricardo estaria cada vez mais isolado e contrariado com a situação, sendo engessado por um grupo que tomou o controle da máquina pública, num sistema que tanto Emília dizia combater.
Essa insatisfação explicaria, inclusive, a ausência de Ricardo ao lado de Emília em eventos oficiais e o silêncio em meio às recentes crises da gestão. Próximos ao vice afirmam que ele tem evitado confrontos, mas já estaria estudando caminhos para se desvincular politicamente dos Amorim, buscando resgatar a imagem de independente que o projetou em 2020.
Do outro lado, aliados da prefeita tentam minimizar o conflito, mas reconhecem que o clima é “insustentável”. Emília, por sua vez, reforça o discurso de que “não houve rompimento da parte dela”, embora suas declarações recentes indiquem um desgaste irreversível. Enquanto isso, o cenário dentro da prefeitura se torna cada vez mais tenso e a dúvida cresce: Ricardo se afastou de Emília ou apenas quer se livrar da sombra dos Amorim?


