O vereador Lúcio Flávio (PL) criticou duramente a decisão da Universidade Federal de Sergipe (UFS) de criar cotas exclusivas para pessoas trans e travestis na pós-graduação. Em declaração à Realce, o parlamentar classificou a medida como um desvio do propósito original das políticas afirmativas e afirmou que a iniciativa “legitima o fura-fila”.
Segundo ele, as cotas devem ser destinadas apenas à correção de desigualdades socioeconômicas e não usadas para, nas palavras dele, fins “meramente ideológicos”. “As cotas são para gerar justiça social, e não para fazer militância identitária. Cotas sociais, por questão de renda, para pessoas do cadastro único, para beneficiários de programas sociais, pessoas em estado de vulnerabilidade, tudo bem. Mas direcionar vagas para pessoas por qualquer outro critério, ao invés de desfazer desigualdades, na verdade causa injustiças, potencializa preconceitos e desvaloriza o esforço e o mérito”, afirmou.
A fala do vereador foi dada após a UFS aprovar por unanimidade a criação das cotas, política que coloca a instituição entre as poucas universidades brasileiras a adotar ações afirmativas específicas para a população trans.
Lúcio Flávio reforçou que, em sua avaliação, a medida não cumpre o objetivo central das cotas: “É legitimar o ‘fura-fila’. Inaceitável!”.


