Conforme a Realce vem trazendo com exclusividade ao longo dos últimos meses, o Republicanos mudou de comando em Sergipe e passou a fazer parte da oposição, numa reconfiguração partidária que deve resultar na migração em massa de importantes nomes para outras legendas. E nesse movimento estão Gustinho Ribeiro, Pastor Heleno e Fiote, todos ainda em processo de avaliação sobre seus novos destinos, mas já recebendo convites diretos para permanecerem no grupo governista.
O governador Fábio Mitidieri convidou oficialmente Pastor Heleno e Fiote para se filiarem ao PSD, partido que já conta com dois deputados federais, Fábio Reis e Katarina Feitoza, e que trabalha para ampliar ainda mais sua representatividade na Câmara Federal em 2026.
Heleno, mesmo fora de mandato há alguns anos, segue sendo um dos nomes mais consistentes do Sertão sergipano e tem apresentado números expressivos e surpreendentes nas pesquisas, mantendo forte densidade eleitoral na região. Já Fiote, pré-candidato a deputado federal, também é visto como uma grande aposta para o fortalecimento da chapa governista.
No caso de Gustinho, conforme a Realce também antecipou, ele chegou a manter diálogo com setores da oposição e participou de conversas sobre reposicionamento partidário. Entretanto, com o avanço das articulações e o desenho de um cenário cada vez mais desfavorável dentro do bloco oposicionista, marcado por disputas internas e dificuldades na montagem de chapas competitivas, e o emprenho do governador em mantê-lo na base, o parlamentar passou a avaliar a permanência no grupo como caminho mais viável para garantir sua reeleição.
Com a perda do Republicanos, agora sob comando do grupo liderado pela prefeita de Aracaju, Emília Corrêa, com Edivan Amorim, Gustinho intensificou a busca por uma nova legenda que ofereça estrutura e viabilidade eleitoral. Entre as alternativas avaliadas estão a Federação UP, o PP, caso o bloco seja desfeito, além de convite recebido para o PDT. Em todos os cenários, o deputado mantém contato direto com o governador, que atua nos bastidores para assegurar seu abrigo na base e fortalecer uma legenda viável.
Ou seja, apesar de a oposição ter formalizado a incorporação de Podemos e Republicanos, o movimento não resultou na adesão de lideranças com mandato ou densidade eleitoral da base governista. A articulação permanece restrita às siglas, sem avanço concreto sobre quadros competitivos.


