A proposta apresentada por um grupo de senadores pedindo prisão domiciliar humanitária para o ex-presidente Jair Bolsonaro, entre eles o sergipano Laércio Oliveira (PP), gerou indignação no deputado estadual Luizão Dona Trampi (UB), que usou as redes sociais para atacar duramente a iniciativa.
Segundo ele, solicitar prisão domiciliar equivale a aceitar o que chamou de injustiças cometidas contra Bolsonaro, quando o correto seria exigir liberdade plena. “Quando você pede prisão domiciliar para Bolsonaro, você está aceitando todo tipo de covardia que estão fazendo com ele. Vocês têm que pedir é a liberdade do presidente Bolsonaro, e não prisão domiciliar”, disparou.
Para Luizão, Bolsonaro “não é criminoso” e estaria sendo vítima de perseguição política. “Bolsonaro tem que estar solto na rua. É um homem de bem, que fez foi o bem por esse país”, completou, defendendo ainda a libertação de todos os presos pelos atos de 8 de janeiro, que classificou como “pessoas inocentes e de bem”.
O deputado ainda lembrou que muitos dos atuais defensores da prisão domiciliar buscavam proximidade com o ex-presidente durante o auge de sua popularidade. “Por que vocês não falaram isso quando Bolsonaro estava na rua? Viviam bajulando, querendo se aproximar para ter voto, se usurpando do capital político do cara. Agora vêm falar em prisão domiciliar? Vocês deveriam tomar vergonha na cara”, afirmou, acrescentando: “Bando de cabra safado sem vergonha”.
O pedido que motivou a reação partiu de um grupo de senadores de oposição, incluindo Laércio, que enviaram carta ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, solicitando ao Supremo Tribunal Federal (STF) a concessão de prisão domiciliar humanitária para Bolsonaro. Segundo o progressista, o pleito se baseia em laudos médicos que apontariam um quadro clínico grave, considerado incompatível com a permanência em ambiente prisional.


