Diante dos recentes episódios de fogo amigo, traição e das intensas disputas internas entre Rodrigo Valadares (UB) e os irmãos Amorim, o ex-prefeito de Itabaiana Adailton Sousa (Podemos) passou a nutrir expectativa de ser indicado como um dos nomes do bloco de Emília Corrêa (Republicanos), para a disputa pelo Senado em 2026. A leitura era de que o ambiente conflagrado poderia abrir espaço para a sua entrada, com o apoio de Valmir de Francisquinho (Republicanos), na corrida. No entanto, essa possibilidade foi definitivamente descartada com o posicionamento público da prefeita nesta quarta-feira, 10.
Em declaração ao Fato Sergipe, Emília reafirmou que seguirá com o mesmo alinhamento anunciado anteriormente, mantendo Rodrigo e Eduardo Amorim como seus representantes para a corrida à Casa Alta.
“Rodrigo Valadares faz parte do nosso grupo, é PL. Até um dia desse eu tava no PL. Agora eu tô no Republicanos, mas é tudo dentro do espectro da direita”, afirmou a prefeita, tentando minimizar os desgastes e afastando qualquer discussão sobre mudança em sua chapa majoritária para 2026.
O gesto de Emília confirma a falta de espaço para a entrada de Adailton no projeto majoritário do bloco e expõe, ao mesmo tempo, uma redução drástica da capacidade de influência e de liderança de Valmir, que tentou trabalhar nos bastidores para viabilizar o nome do aliado entre os candidatos ao Senado, mas que amargou, mais uma vez, um duro revés, sem poder de fala nas principais decisões do agrupamento.


