A Realce tem antecipado desde o início do ano informações sobre um intenso jogo de vaidade na oposição, que acabou escanteando Valmir de Francisquinho (Republicanos) e deixando-o numa posição de liderado dentro do bloco. E, nesta semana, o prefeito de Itabaiana veio a público pela primeira vez para falar abertamente a respeito do tema, em declaração que rapidamente ganhou repercussão em todo o estado.
Quando questionado pelo jornalista Fábio Henrique se é liderado pela prefeita de Aracaju, Emília Corrêa (Republicanos), Valmir foi direto ao afirmar que não é liderado por ninguém. Segundo ele, o único líder que reconhece “nesta terra” é Jesus Cristo, afastando qualquer leitura de subordinação política dentro do grupo oposicionista.
Ao longo da fala, Valmir também rejeitou a ideia de exercer liderança sobre outros nomes do campo político e afirmou não ter interesse em ocupar esse papel. Disse agir com “pés no chão”, simplicidade e humildade, defendendo que a política deve ser construída a partir do diálogo, do respeito e da solidariedade às necessidades do povo sergipano.
A fala ocorre em um momento em que Emília tem afirmado publicamente, em diversas ocasiões, que é a líder do grupo e que posições contrárias às suas não teriam validade. Esse contexto deixa no ar um questionamento que o próprio Valmir vem criticando nos últimos dias: afinal, quem estaria, de fato, agindo movido pela vaidade? Valmir, ao não aceitar Emília como líder política, ou a prefeita, ao tentar impor essa liderança sem ouvir os demais integrantes do grupo?


