Marcos Andrade
O título pode soar sensacionalista, mas a definição sobre o tratamento do PT com o Psol em Sergipe é exatamente essa. O escárnio é evidente. E os membros do Partido Socialismo e Liberalismo foram subestimados por Rogério Carvalho (PT), que esperou a última opção para fechar sua chapa majoritária. E essa última opção acabou sendo Jackson Barreto (MDB). Enquanto isso, o Psol, humilhado, grita que terá uma chapa independente.
Assim como no versículo bíblico, o Psol busca ser exaltado no final, após tamanha humilhação de Rogério e companhia. Henri Clay Andrade (Psol) aguardou até os 45 do segundo a chance de ser o senador apoiado pelo PT Sergipe. O Partido dos Trabalhadores buscou vários nomes enquanto mantinha a promessa ao ex-presidente da OAB/SE que ele seria o indicado. Humilhou o jurista que obteve mais de 100 mil votos e é mais Lulista que todos os membros da chapa majoritária completa de Carvalho, que se entitula “O Time de Lula”- uma das poucas exceções de militância verdadeira é o deputado federal João Daniel (PT).
Após a humilhação sem limites, o Psol lançou chapa independente e Jackson chegou ocupando a última vaga que restava no assunto em questão: a de vice. Sérgio Gama (MDB), filho do empresário João Augusto Gama, irá compor a chapa para governador com Rogério.
Nesse texto opinativo, este jornalista que está de volta as colunas da Realce, não busca a discórdia, mas, sim, trazer com abordagem simples a realidade dos fatos que aumentaram o desgate entre os dois blocos de esquerda que duelam nas entranhas de vários movimentos populares de Sergipe. E quem subestima o Psol, caso o partido esqueça a vaidade e se mantenha no viés que é alicerçado, é só aguardar abrir as urnas, pois este é o partido que vem carregando no braço as lutas sociais que a maior parcela do PT esqueceu em busca de um projeto de poder.