Há poucos dias, Henri Clay teve um encontro com Lula em Campina Grande, na Paraíba, reafirmando o seu apoio e o do Psol Sergipe à candidatura do ex-presidente. Com isso, além do seu histórico de militância, o sergipano candidato ao Senado Federal se consolida como o único postulante a senador efetivamente contrário ao atual presidente Jair Bolsonaro no estado.
O partido de Henri Clay está nacionalmente ligado ao PT, o que significa um alinhamento direto com a pré-campanha presidencial de Lula, principal adversário de Bolsonaro nestas eleições. No caso de Sergipe, a maioria dos postulantes ao Senado tem posições ou a favor do chefe do Planalto ou não possuem um histórico de apoio a Lula, como é o caso de Valadares Filho (PSB), que votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT) em discurso caloroso. Já Clay, seguindo a sua trajetória de militância, põe-se como oposição ao Governo Federal.
Na última sexta-feira, 5, o nome de Henri Clay foi homologado na convenção da federação Psol-Rede. Em discurso inflamado, o ex-presidente da OAB disse que as eleições deate ano se tratam de uma luta contra o fascismo e o autoritarismo, com menções diretas contra Jair Bolsonaro.
Nas eleições de 2018, o advogado trabalhista concorreu ao Senado e foi o segundo mais votado na capital sergipana, conquistando cerca de 110 mil votos. Para o pleito de 2022, Henri Clay tem construído sua pré-candidatura ao Senado de forma coletiva, levantando bandeiras democráticas, progressistas e sociais, encabeçando um projeto puramente de esquerda em Sergipe.