Circula nos bastidores da política sergipana a provável virada no jogo na situação jurídica do candidato ao Governo de Sergipe, Valmir de Francisquinho (PL), que vive clara situação de perseguição política. A tese da mudança de cenário foi fortalecida após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmar Cristiano Cavalcante como elegível para a disputa a deputado estadual, nesta terça-feira (23).
Acredita-se que o mesmo possa acontecer com o postulante ao Palácio dos Despachos, tendo em vista que sua condenação foi baseada em uma situação semelhante a de Cristiano. Ambos foram condenados por abuso de poder político, por terem utilizado cores com suposto cunho eleitoral durante as campanhas de 2016 e 2018.
No caso de Cristiano, o TSE deferiu o pedido de liminar através de uma ação cautelar interposta pela defesa do ex-prefeito. Ele havia sido condenado por ter se utilizado de uma relação entre as cores dos prédios públicos e as de sua campanha eleitoral naquela ocasião. A defesa do candidato buscou um efeito suspensivo à decisão, para que o acusado pudesse disputar o pleito em 2022, o conseguiu reverter a situação.
Já no caso de Valmir, em junho, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Superior (STF), negou o pedido da defesa do ex-prefeito de Itabaiana para suspender a decisão do TSE que o tornaria inelegível. A negativa ocorreu porque a decisão do órgão ainda não havia sido publicada. No entanto, na ocasião, a assessoria jurídica do candidato reafirmou que ele mantinha-se elegível e que permanecia aguardando a publicação para ingresso das medidas judiciais que são cabíveis.
Valmir foi julgado, junto com o filho Talysson Barbosa, por abusos de poder político e econômico nas eleições de 2018. Na época, Valmir era prefeito do município de Itabaiana e, de acordo com o julgamento do TRE, o então prefeito teria participado em “excesso” da campanha do filho, que era candidato à Assembleia Legislativa do Estado.