A disputa por uma vaga no Senado segue com cenário imprevisível em Sergipe. No entanto, a Realce traz uma análise com a mesma cautela que faz o veículo ser referência no estado pela assertividade. Os especialistas apontam que Danielle Garcia (Podemos) e Laércio Oliveira (PP) possuem larga vantagem em relação aos outros dois nomes que possuem chances de vitória, Valadares Filho (PSB) e Eduardo Amorim (PL).
Amorim e Valadares são absolutamente dependentes de transferência de intenção de votos de terceiros para terem possibilidades de vencer, o que vem se mostrando preocupante no atual cenário, onde o eleitor está escolhendo seus candidatos individualmente.
A força de Valmir de Francisquinho (PL) é um exemplo deste quadro. O candidato do PL ultrapassa os 50% na maioria das pesquisas, possuindo apoio de eleitores de Lula (PT), Bolsonaro (PL), Ciro (PDT), dentre outros, enquanto Rogério Carvalho (PT) e Fábio Mitidieri (PSD), que buscam transferência de Lula, não conseguem atrair os lulistas e permanecem com baixa adesão nas pesquisas eleitorais.
No senado, Valadares também tenta associar sua candidatura ao ex-presidente, também sem sucesso. Essa realidade ainda se aplica a Amorim, que depende do eleitorado de Valmir, um dos maiores fenômenos eleitorais da última década, e busca a todo custo associar sua imagem à do ex-prefeito. Uma perigosa estratégia de ambos que nitidamente não vem dando certo.
Enquanto isso, Danielle e Laércio vêm fortalecendo seus projetos de forma independente, o que os tornam os nomes com maior facilidade de construções de alianças com os mais diversos grupos do estado, além da extrema facilidade na construção da comunicação- Garcia, utiliza seu histórico na segurança pública e representatividade feminina para atrair os eleitores; Laércio, com o histórico de gerador de emprego e renda, gestor e seu mandato atuante de deputado federal.