Embora Lula (PT) tenha construído uma frente ampla, reunindo 10 partidos, principalmente de esquerda, e conseguido o feito de ter como vice-presidente um ex-tucano, Geraldo Alckmin, os embates no Legislativo prometem endurecer sua gestão, principalmente entre os parlamentares conservadores, que obtiveram boa parte das cadeiras no Senado nas eleições 2022.
O PL, partido de Bolsonaro, por exemplo, terá a maior bancada no Senado, com 14 senadores. Esse cenário mostra que o atual perfil da Casa, após o último pleito, assumiu ainda mais as características ideológicas alinhadas ao centro-direita, o que pode gerar possíveis atritos de Lula em seu terceiro mandato como presidente. Porém, o petista conta com aliados competentes nas articulações, o que pode amenizar os diálogos, como o caso do senador por Sergipe, Rogério Carvalho (PT), um dos nomes mais influentes da política nacional.
Requisitado por Lula, que se mostra grato pelo posicionamento de Rogério no Senado nos últimos 4 anos, principalmente na CPI da Covid, o parlamentar sergipano vem sendo fundamental para a equipe transição de governo do presidente eleito.
De acordo com o senador, agora, de forma mais objetiva, foram definidas “quais são as prioridades que o presidente Lula vai adotar nos primeiros meses de governo”. “Dessa forma, temos a compreensão real de como vamos recolocar o país no eixo”, pontuou.
“Vale lembrar que o Brasil, nesses 7 anos, aproximadamente, teve a estrutura de Estado completamente desmontada. Portanto, agora, buscaremos diretrizes claras para reorganizar a vida do povo brasileiro e melhorar as condições de vida do nosso povo”, acrescentou em recente entrevista.