A vereadora Emília Corrêa (Patriota) vem sofrendo ataques da base governista desde o posicionamento contrário aos 84 milhões de dólares em empréstimo pedido pelo Poder Executivo e aprovado na Câmara. O clima esquentou ainda mais após a oposição pedir e conseguir o encerramento da sessão da última terça-feira feira, 13, quando o prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) visitou a Casa, e ficou na sala da presidência com os vereadores da base aliada, atrapalhando o andamento dos trabalhos legislativos.
Para Emília, isso aconteceu porque se tornou rotina na Câmara receber projetos do prefeito já no final do ano legislativo, para serem votados às pressas. “Sempre no apagar das luzes, sempre com requerimento de urgência. Ontem mal havia chegado aos nossos e-mails, e já estavam sendo discutido com a base numa visita de cordialidade. Quando Edvaldo foi à Câmara? Eu não lembro. Quando vai é na obrigatoriedade de início de novo mandato, porque isso tá na lei”, criticou a vereadora.
Após seu voto contrário ao projeto sobre o empréstimo milionário, por exemplo, fazendo jus a sua posição ferrenha à gestão de Edvaldo, Emília imediatamente voltou a ser alvo dos situacionistas, incluindo o vereador Joaquim do Janelinha (PROS) e o professor Bittencourt (PCdoB). O líder do governo, inclusive, acusou a vereadora de faltar as sessões, já que não possuía argumentos para defender o projeto sem transparência de Edvaldo.
“Vereador foi à emissora de rádio e mentiu descaradamente”, enfatizou Emília. “Não faça isso não vereador Bitencourt, que o povo de Aracaju conhece Emília e fazendo isso (contando mentiras) o senhor vai me ajudar a chegar onde o senhor não quer que eu chegue”, completou a parlamentar, referindo-se a uma possível candidatura à prefeitura, em 2024, na qual possui grandes chances de vencer.
Agora o parlamento municipal se prepara para votar um pacote de projetos apresentado pelo prefeito, que, para Emília, não são ‘coisa boa’, tendo em vista que chegará no Legislativo “às pressas”.