A poucos dias para o fim de seu mandato, o governador Belivaldo Chagas (PSD) enviou para a Assembleia Legislativa o Projeto de Lei (PL) que permite a venda de 51% da Sergipe Energia Renováveis de Gás (Sergas). A propositura, que repercutiu negativamente em todo o estado, vai contra, inclusive, às promessas de campanha de Fábio Mitidieri (PSD), que se manifestava contrário à privatização da estatal, incluindo também a Deso e o Banese.
Ao apresentar a propositura, o Governo alega que o estado há anos vem enfrentando uma crise financeira que tem reduzido a sua capacidade de investimento e até mesmo criado dificuldades em honrar seus compromissos com fornecedores, prestadores de serviços e o funcionalismo.
No entanto, segundo funcionários da empresa, a descoberta de novos poços traz perspectivas positivas para o futuro da Sergas, por, pelo menos, até 2026. Além disso, a estatal tem receita própria e não onera em nada a gestão estadual.
Vale lembrar que, em seu quadro funcional, a empresa tem 50 funcionários concursados e outros 15 comissionados, após o anúncio recente da abertura de concurso público, o que gera ainda mais contrariedade na decisão do chefe do Executivo estadual.
Sendo assim, possivelmente, a venda da Sergas é o 1° capítulo em Sergipe de uma “novela” de privatizações de empresas estratégicas fundamentais para o desenvolvimento do Estado. O projeto seria votado nesta quinta-feira, 29, mas foi retirado da pauta da Assembleia. De tal forma, a venda será decidida na próxima legislatura.