Por Fernanda Souto
Neste 8 de março, quando é celebrado o Dia Internacional da Mulher, além de ser um momento de especial homenagem às mulheres, também é uma data oportuna para inserir as figuras femininas no centro do debate político.
Um bom exemplo é refletir sobre o papel social desempenhado pelas mulheres na sociedade brasileira, mais especificamente sob a ótica da política, em um cenário construído sob a égide do machismo, do patriarcalismo, na qual o homem sempre ocupou os espaços de poder.
Porém, esse cenário dominado pelos homens vem mudando, e a participação política das mulheres é prova disso, seja como eleitoras, seja como candidatas a cargos públicos, em que lutam pelos direitos femininos em um contexto no qual, como se sabe, ainda há muito preconceito, exclusão e violência contra elas.
Em Sergipe, nomes como o de Maria do Carmo (PP), Yandra Barreto (UB), Katarina Feitosa (PSD), Eliane Aquino (PT), Hilda Ribeiro (Solidariedade), Emília Côrrea (Patriotas), Linda Brasil (PSOL) e tantas outras, representam, com afinco, as mulheres em Sergipe. E, nada mais justo, do que reservar este espaço para engrandecer o trabalho que todas elas têm feito nos últimos anos.
A exemplo de Yandra e Katarina que, já no início de seus respectivos mandatos na Câmara Federal, adentraram à luta em defesa das mulheres, criando e pautando projetos de lei contra o feminicídio e com políticas públicas voltadas às vítimas de violência doméstica.
Na Alese, das 24 cadeiras, 5 são ocupadas por mulheres, com Áurea Ribeiro (Republicanos), Maisa Mitidieri (PSD), Lidiane Lucena (Republicanos), Carminha (Republicanos) e Linda Brasil (PSOL), representando 20,8% do “bolo parlamentar”. Já nas prefeituras, dos 75 municípios sergipanos, 13 são geridos por prefeitas, ou seja, 17,6%. Os homens ainda são a maioria nesse cenário com 61 prefeitos, o que representa 82,4%.
Os baixos números são reflexo da exclusão histórica das mulheres na política e que reverbera, até hoje, no atual cenário. Para mudar essa realidade, é fundamental o estímulo ao lançamento de mais candidaturas femininas, abrindo as portas para garantir que as estatísticas desigualitárias fiquem de fato no passado.