É necessário que a coerência de quem decide se manter na oposição seja mantida, no entanto é essencial que exista uma boa relação quando se trata de busca de melhorias para municípios e estado. É a linha de raciocínio que o deputado federal por Sergipe, Rodrigo Valadares (UB), pretende seguir.
De acordo com o parlamentar, o prefeito Edvaldo Nogueira (PDT), para o qual faz uma oposição ferrenha em Aracaju, foi à Brasília na última semana buscar recursos para a capital, mas não procurou o deputado para dialogar sobre o assunto.
“O prefeito Edvaldo Nogueira veio a Brasília e visitou diversos parlamentares de Sergipe em busca de recursos. Infelizmente, o prefeito não nos procurou. Em que pese termos sido adversário nas últimas eleições, acredito que nossa divergência política deva ficar apenas no período eleitoral”, desabafou Rodrigo.
Rodrigo declarou ainda que o seu mandato está à disposição e que faz questão de contribuir para trazer melhorias ao município, independente das divergências políticas. “Já desmontei o palanque e o nosso gabinete está de portas abertas para ajudar a nossa cidade tão querida e que tanto precisa de investimentos em suas áreas mais básicas”.
A ação de Nogueira pode parecer simples, mas não é, se for analisada com maior profundidade. A crença de membros da direita sergipana é que, com uma provável divisão do bloco de Edvaldo/Mitidieri com o PT, apesar do diretório estadual não está nem perto de tomar uma decisão para as eleições municipais de Aracaju, os direitistas levarão um nome ao segundo turno. E Rodrigo é, hoje, o principal símbolo dos que carregam esse viés, além de Emília Corrêa (Patriotas) que tem a simpatia de sorte dos conservadores e do centro.
É importante frisar que, em Aracaju, Bolsonaro (PL) obteve mais de 142 mil votos, em 2022. A expectativa é que esse eleitorado, que se uniu contra Lula (PT) e Rogério Carvalho (PT) no segundo turno, contribuindo para a eleição de Fábio Mitidieri (PSD), para não ter um governo de esquerda no estado, mantenha-se ativo no próximo pleito, de acordo com militantes e movimentos da direta. Com tal situação, os grupos populares também já se organizam para buscar um nome viável aos trabalhadores, mas esse é assunto para outra veiculação.