O aumento dos registros de atentados violentos em escolas no país tem deixado autoridades cada vez mais preocupadas com a segurança dos estudantes, professores e demais profissionais da educação, fortalecendo a movimentação para garantir mais proteção para eles. No entanto, algumas delas têm resistido contra as medidas, a exemplo do governador de Sergipe Fábio Mitidieri (PSD).
Mesmo após suspeita de atentado no Colégio Estadual Filipe Tiago Gomes, em Maruim, que, inclusive, suspendeu as aulas, na última semana, o mandatário condenou medidas ‘linha-dura’ para garantir a segurança das crianças e dos profissionais da rede de ensino.
A declaração foi feita à Carta Capital na última semana após as movimentações de alguns prefeitos no Brasil colocando catracas eletrônicas na porta das escolas e detector de metal, a fim de evitar, ao máximo, que atentados como o que ocorreu nesta quarta-feira, 5, em Blumenau, aconteçam.
Na cidade de Santa Catarina, um homem de 25 anos invadiu uma creche, matou quatro crianças e feriu outras cinco. Em outro caso recente, no final de março, em São Paulo, um professora morreu e outras quatro pessoas ficaram feridas após serem esfaqueadas por um aluno de 13 anos.
Esses e diversos outros casos no país levantam o alerta e exigem também medidas urgentes. Mas, autoridades como Mitidieri mostram resistência diante da situação que tem se tornado rotineira no país, dificultando que as medidas cabíveis sejam tomadas o quanto antes.
Para Fábio, “nós temos que entender que a educação começa na base. O acompanhamento psicossocial é importantíssimo pra evitar que tragédias“.
Em Santa Catarina, após o caso de Blumenau, o governo já alinhou medidas urgentes para que não aconteça mais casos do tipo, incluindo um grupo de trabalho integrado por equipes das polícias Civil, Científica, e Militar, Corpo de Bombeiros Militar, secretarias de Assistência Social, da Saúde e da Educação. Será que precisaremos presenciar uma tragédia em Sergipe para que isso também aconteça?